sábado, 13 de novembro de 2010

26ª Coxilha




Pesquisa e Reportagem: Rômulo Seitenfus
Fotos: Arquivo Jornal Estilo

O Secretário Rossano Viero Cavalari havia se inspirado na história de Cruz Alta vinculada ao Legado Missioneiro. No ano de comemoração aos 250 anos de Sepe Tiaraju, Jorge Freitas subiu no palco da 26ª Coxilha Nativista para defender a música que venceu o festival de 2006. “Como Se Morre Um Homem Valente” é uma homenagem à Sepe Tiaraju, índio criado pelos padres jesuítas que buscou a paz, mas acabou tendo de lutar pelas terras missioneiras. De autoria de Gujo Teixeira e Sabani Felipe de Souza, tem como ritmo rasguido doble.
O segundo lugar desse ano ficou para “De Alma Canto e Silêncio”, Marcelo Oliveira e Lisandro Amaral, com autoria de Fernando Soares, Juliano Gomes e Everson Maré.
O terceiro lugar ficou para “Jeito de Viração”, na interpretação de Piriska Grecco, com autoria de Carlos Omar Vilela Gomes e Jair Oliveira Medeiros.
A Música Mais Popular ficou com “Pois é Morena”. O Melhor Arranjo foi para “Jeito de Viração” e o Melhor Instrumentalista foi Fabiano Torres. Como Melhor Letra foi escolhida “Como se Morre Um Homem Valente”, que também venceu o festival. O Melhor Intérprete foi Jorge Freitas e o Melhor Conjunto Instrumental ficou para De Alma, Campo e Silêncio. Melhor Conjunto Vocal do Grupo Status e a Melhor Indumentária de Tropa Ponta Cortada.
Os apresentadores foram David Menezes Jr. e Maria Luiza Benitez. Os Jurados naquele ano foram Ângelo Franco, Edison Macuglia, João Sampaio, Lenin Nuñes e Mauro Moraes.

Premiação da 26ª Edição da Coxilha Nativista

1° Lugar: Como se Morre Um Homem Valente
2° Lugar: De alma, Campo e Silêncio
3° Lugar: Jeito de Viração
Música Mais Popular: Pois é Morena
Melhor Arranjo: Jeito de Viração
Melhor Instrumentalista: Fabiano Torres
Melhor Letra: Como se Morre Um Homem Valente
Melhor Intérprete: Jorge Freitas
Melhor Conjunto Instrumental: De Alma, Campo e Silêncio
Melhor Conjunto Vocal: Grupo Status
Melhor Indumentária: Tropa Ponta Cortada

Vencedores da Fase Local

1° Lugar: Pois é Morena
2° Lugar: Bem Gaúcha
3° Lugar: Doze Braças de Carinho

Vencedoras da 22ª Coxilha Piá

Cantor Negro – Lucas Otarão de Lima
(João Antonio)

Por Bendizer-te – Ana Paula Lima da Silva
(Jairo “Lambari” Fernandes)

Jurados: Taine Shettert, Dartagnan Portela, Felipe Melo, Alexandre Takahama e José Alves de Souza

Letra Vencedora 26ª Coxilha Nativista - 2006

Como se Morre Um Homem Valente – Jorge Freitas
(Gujo Teixeira – Sabani Felipe de Souza)

Vai pelo tempo nestas terras do Rio Grande
Um povo índio que se ergueu da própria fé
E um guerreiro que entre a paz se fez na guerra
E pela terra teve o nome de Sepé
Nas reduções, nas palavras dos jesuítas
Tinha o progresso desta terra missioneira
Mas sob as pedras e o olhar dos sete povos
Cruzaram as tropas de espanhóis e suas bandeiras
Então Sepé Tiaraju clamou ao céu
Contra os tratados assinados além mar
E o povo índio guarani de São Miguel
Empunhou lanças de bravura pra lutar
E eram lanças e cavalos contra as armas
E eram valentes contra a força dos canhões
Mas pouco a pouco foram erguendo-se as cruzes
E foi tombando o povo e o sonho das missões
E um dia um índio no comando de sua tropa
Contra o que os céus lhe avisavam por perigo
Tombou na terra em que lutou porque era sua
Na dor da lança e da garrucha do inimigo
Talvez a força do lunar que tinha a fronte
Guiasse o rumo verdadeiro de sua terra
Talvez por isso que no lombo de um tordilho
Buscasse a paz, e mesmo assim achou a guerra
Sobre esta terra uma história foi escrita
Que não findou nos campos de Caiboaté
Vive em quem sabe que esta terra ainda tem dono
Alma gaúcha e missioneira de um Sepé
Vai na coragem de cair, se erguer de novo
Sangrar na luta, mas querer seguir em frente
Mostrar pro tempo e pra história deste pago
Como se vive e se morre um homem valente

Disco da 26ª Coxilha Nativista - 2006

Como se Morre Um Homem Valente – Jorge Freitas
(Gujo Teixeira – Sabani Felipe de Souza)
De Alma, Campo e Silêncio – Marcelo Oliveira e Lisandro Amaral
(Fernando Soares – Juliano Gomes – Everson Maré)
Jeito de Viração – Piriska Grecco
(Carlos Omar Vilela Gomes – Jair Oliveira Medeiros)
Pois é Morena – Cesar Silveira
(César Silveira)
Tropa Ponta Cortada – Cristiano Quevedo
(Miguel Bicca – Sabani Felipe de Souza)
Sete Nações e Uma Cruz – Grupo Status
(Mario Amaral – Claudio Amaro)
Bem Gaúcha – Angelino Rogério, Leonardo Diaz Morales, Sandro Fogaça e Embalo Nativo
(Jorge Nicola Prado – Sandro Fogaça)
Doze Braças de Carinho – Fernando Soares
(Eduardo Neves do Amarante – Fernando Soares)
Galponeiros – Flávio Hansen
(João Santos – Carlos Madrugada)
Quem Sabe as Voltas do Mundo – Joca Martins e Marcelo Oliveira
(Rodrigo Bauer – Joca Martins)
Baldas de Potro Cuiudo – Joca Martins
(Anomar Danúbio Vieira – Fabrício Harden)
Aflições – Tuny Brum
(Vinicius Brum – Tony Brum)
Cruzando na “Villa Ansina” – Piriska Grecco
(Anomar Danúbio Vieira – Juliano Gomes)
Querência do Coração – Adair de Freitas
(Alvandy Rodrigues – Adair de Freitas)
Doma Gaúcha – Ricardo Martins
(Marco Aurélio Lemos – Ricardo Martins – Marcelo Nunes)

Nenhum comentário:

Postar um comentário