sábado, 13 de novembro de 2010

29ª Coxilha




Pesquisa e Reportagem: Rômulo Seitenfus
Foto: Assessoria de Imprensa/ Prefeitura Municipal de Cruz Alta

Uma forte epidemia da Gripe Influenza H1N1, que comprometeu o estado do Rio Grande do Sul no inverno de 2009, resultou no cancelamento dos eventos que reunissem aglomeração de pessoas. A Coxilha Nativista, que sempre iniciava sua programação no mês de julho de cada ano, pela primeira vez em sua história, no ano de 2009, ocorreu fora de época. Outubro já havia perdido as baixas temperaturas do inverno gaúcho e o frio não era mais característica naquele período. O charme do inverno havia passado e a Coxilha Nativista perdia a sua identidade visual. As pessoas não vestiram seus palas e, diferente dos anos anteriores, os cobertores e acessórios para o frio não faziam parte da plateia. O público estava diminuído em quantidade, foi o ano de menor prestígio da história do festival. Mas a epidemia não foi motivo de cancelamento para o maior evento da cidade de Cruz Alta. O prefeito Vilson Roberto dos Santos nomeara como Secretário de Cultura naquele ano, Alex Della Méa. Conhecedor de todas as edições do festival, desde a primeira em 1981, até a mais recente, além de acompanhar como espectador, teve músicas de sua autoria lançadas em diversas edições do evento. Cabia a ele naquele momento, organizar a mais desafiadora de todas as edições já realizadas, a 29ª Edição.
O Corpo de Jurados foi composto por Adão Quintana, Gérson Fogaça, Dorval Dias, Paulo Bratt e Miguel Marques.
De Miguel Bicca, Máximo Fortes e Digo Oliveira e interpretada por Leonardo Paim, “O Meu Silêncio Tem Voz” foi a grande vencedora.

Premiação da 29ª Edição da Coxilha Nativista:

1º Lugar Fase Geral: O Meu Silêncio Tem Voz
2º Lugar Fase Geral: Sem Chão Pra Pisar
3º Lugar Fase Geral: Sangue

1º Lugar Fase Local: O Grito dos Sentinelas
2º Lugar Fase Local: Identidade e Raiz
3º Lugar Fase Local: Pra Parceriar um Milonga

Musica Mais Popular: O Grito dos Sentinelas
Melhor Pesquisa: Eraci Rocha – Sem Chão Pra Pisar
Melhor Instrumentista: Tiago Abib – Depois de Léguas Tranqueadas
Melhor Letra: O Meu Silêncio Tem Voz
Melhor Arranjo: Sangue
Melhor Conjunto Instrumental: O Grito dos Sentinelas
Melhor Conjunto Vocal: O Meu Silêncio Tem Voz
Melhor Indumentária: O Grito dos Sentinelas

Música Vencedora da 29ª Coxilha Nativista:

O Meu Silêncio Tem Voz – Leonardo Paim
Letra: Miguel Bicca – Máximo Fortes
Música: Digo Oliveira

A solidão quando lavra,
Vai aflorando desgostos
E afunda sulcos no rosto,
Mostrando a força que tem;
Se a gente acha que passa,
Por desigual e desgraça,
Ai mesmo que ele vem.

É talentosa e desenha
As bailarinas no fogo,
As crespas águas do açude
E abrindo os olhos sem medo,
Espalha com as mãos o vento,
Paridas pelo arvoredo!

Por isso que eu sempre digo:
“Que o meu silêncio tem voz”
Tem a prece da saudade
Buscando verdade e paz.
Num simples quarto de lua
Vê destinos que se apertam,
E um olhar correndo rua,
Embretado nas cidades!

Um dos jujos que mais cura,
É o afeto benfazejo,
Da parceria que se tem
E apesar de dividido,
Pro cachorro e pro cavalo,
A solidão, ao ceva-lo,
É um tipo de amor também.

Disco da 29ª Edição da Coxilha Nativista:

O Meu Silêncio tem Voz – Leonardo Paim
(Letra: Miguel Bicca / Máximo Fortes / Música: Digo Oliveira)
Sem Chão Para Pisar - Maurício Barcellos
(Letra/Música: Leonardo Sarturi)
Sangue – Piriska Grecco
(Letra: Rodrigo Bauer / Juca Moraes / Música: Érlon Péricles)
O Grito dos Sentinelas – Fernando Carvalho e Adams Cezar
(Letra: Volmar Camargo / Música: Marcelo Cortes de Carvalho)
Relíquias Missioneiras – Cristiano Quevedo / Juliano Moreno
(Letra: Vagner Pizzolotto da Costa / Música: Juliano Moreno / Érlon Péricles)
Depois de Léguas Tranqueadas – Jean Kirchoff
(Letra/Música: Igor Silveira)
Pescoceiro – Rainiére Spohr / Leôncio Severo
(Letra: Zeca Alves / Música: André Teixeira)
Identidade e Raiz – Gabriel Moraes
(Letra: Jorge Nicola Prado / Música: Arthur Bonilla)
Águas do Tempo – Adams Cezar
(Letra: Jaime Brum Carlos / Música: Adams Cezar)
Hace Tiempo – Cristiano Quevedo / Érlon Péricles
(Letra: João Stimamilio Santos / Música: Nelson Cardoso Mena)
De Homens e Tropas – Raul Quiroga
(Letra: Luciano Ferreira / Música: Raul Quiroga)
Pra Parceriar Uma Milonga - Gabriel Moraes
(Letra: Luiz Carlos Guerreiro / Música: Leonardo Diaz Morales)
A Solidão – Leonardo Paim
(Letra/Música: Adair de Freitas)
Olhando a Vida do Rio – Shana Muller
(Letra: Tadeu Martins / Música: Lênin Nuñes)
Mateando Só – Marcelo Cachoeira
(Letra: Jaime Izquierdo / Música: Osmar Carvalho)

Coxilha Piá

Milonga de Constâncio Soledad – Tarciane Maiara Cabral Tebaldi
(Letra: Jaime Brasil / Música: Ricardo Freire)
Carreira de Campo – Nicole Carrion
(Música: Gujo Teixeira / Juliano Gomes / Leonel Gomes)

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